Você sabia que um DPS (Dispositivo de Proteção contra Surtos) mal dimensionado pode comprometer todo o sistema elétrico de uma instalação?
O SPDA (Sistema de Proteção contra Descargas Atmosféricas) , para ser realmente eficaz, precisa contar com DPS corretamente instalado e dimensionado, considerando suas diferentes classes.
E é exatamente isso que abordaremos neste artigo: quais são as classes de um DPS, sua importância em um SPDA, e como garantir a proteção de suas instalações elétricas.
Se você é engenheiro eletricista ou eletrotécnico, continue lendo para entender como evitar os erros mais comuns nesse processo e garantir a segurança das instalações.
O que é um DPS e como ele atua?
O DPS é um dispositivo que protege os sistemas elétricos contra surtos de tensão, sendo eles provocados por descargas atmosféricas ou por manobras no sistema elétrico.
Ele é responsável por desviar esses surtos para o solo, evitando que danifiquem equipamentos e componentes do sistema.
A seleção correta e instalação do DPS são fundamentais para o sucesso do SPDA .
Agora, você pode estar se perguntando: Quais são as classes de um DPS e como elas se aplicam na prática? Vamos a elas!
Classes de um DPS
Os DPS são classificados em três classes principais, de acordo com a Norma IEC 61643, e cada uma desempenha um papel específico na proteção contra surtos. São elas:
- Classe I : Essa classe de DPS é responsável por suportar os danos especialmente causados por descargas atmosféricas, como raios. Eles são instalados no ponto de entrada de energia na instalação elétrica e têm capacidade de lidar com grandes correntes de descarga.
- Classe II : O DPS de Classe II é instalado após o de Classe I, com o objetivo de proteger os equipamentos contra surtos induzidos na rede elétrica, geralmente causados por manobras e variações de tensão. Essa classe é essencial para a proteção externa da instalação.
- Classe III : Por fim, o DPS de Classe III é utilizado para proteção de equipamentos eletrônicos eletrônicos, como computadores e outros dispositivos internos da instalação. Ele é a última linha de defesa contra surtos residuais que não foram absorvidos pelas classes anteriores.
Importância do DPS em um SPDA
O SPDA é responsável por captar as descargas atmosféricas e conduzi-las de forma segura ao solo, evitando que esses surtos danifiquem a instalação elétrica.
Sem a presença de um DPS adequado, essas descargas podem induzir custos que, ao entrarem no sistema elétrico, causem danos irreparáveis aos equipamentos.
Com a instalação das três classes de DPS de forma adequada, garantimos que os surtos sejam neutralizados de maneira progressiva, protegendo toda a instalação de forma eficiente.
Exemplo Prático: Proteção de um QGBT de uma fábrica
Imagine uma subestação de média tensão localizada em uma fábrica de uma área industrial.
Ela está sujeita a fortes descargas atmosféricas, pois está situada em uma região com alta incidência de raios.
Sem o uso correto do DPS, os equipamentos dessa fábrica, incluindo motores e painéis de controle, podem ser gravemente danificados durante uma tempestade.
Nessa situação, o DPS Classe I seria instalado na entrada de energia do QGBT, absorvendo as grandes correntes de descarga direta.
Em seguida, o DPS Classe II protegeria os circuitos internos contra surtos induzidos, e, por fim, o DPS Classe III garantiria a proteção dos dispositivos eletrônicos sensíveis, como os sistemas de controle.
Desta forma, toda a instalação estaria protegida de surtos elétricos, evitando prejuízos e intermediários de operação.
Conclusão
A escolha correta do DPS e o entendimento de suas classes são cruciais para a segurança e eficiência de qualquer SPDA.
Um sistema bem projetado, com DPS das classes I, II e III, protege instalações elétricas de surtos perigosos e garante a integridade dos equipamentos.
Se você é engenheiro ou eletrotécnico e quer aprender a elaborar o laudo de inspeção do SPDA de forma correta e garantir a segurança das instalações, adquira meu eBook clicando no botão abaixo!